A lágrima é produzida na glandula lacrimal situada na porção superior externa do globo ocular. Com o piscar ela é distribuida por toda superficie ocular até os óstios lacrimais superior e inferior situados no canto nasal das pálpebras. Dalí ela atinge o saco lacrimal e o nariz onde é reabsorvida.
Quando choramos muito o líquido que drena em abundância pelo nariz é a lágrima que não chegou até a garganta (figura 1).
Quando por qualquer razão a via de drenagem desde os óstios lacrimais até o nariz está obstruida a lágrima retorna e escorre pelo rosto (figura 2).
Nestas situações de obstrução podemos tentar a sondagem da via lacrimal ou, em casos extremos, a cirurgia denominada dacriocistorinostomia (figura 3).
A obstrução das vias lacrimais acontecem com freqüência em recém nascidos porque a via de drenagem não está totalmente formada e há uma membrana impedindo a pessagem da lágrima. Nesta situação devemos massagear o saco lacrimal com um cotonete colocado sobre a pele acima do saco lacrimal com movimentos de cima para baixo. Isso força a descida da lágrima e refaz o trajeto. Esta massagem deve ser repetida diversas vezes ao dia até que volte a normalidade. Se em até um ano de massagem o trajeto não for refeito a criança necessitará a sondagem ou a cirurgia.
A obstrução das vias lacrimais também acontecem com freqüência em pacientes com rinite alérgica e desvio de septo nasal. Como a lágrima chega ao nariz abaixo da concha nasal inferior se esta região estiver inchada pela rinite ela retornará e sairá pelos olhos. O tratamento, nestes casos, é a melhora da rinite. No caso de desvio do septo o tratamento cirurgico deverá ser executado pelo otorrinolaringologista.