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PASSO A PASSO EM BAIXA VISÃO OU VISÃO SUBNORMAL


Pacientes que se comunicam bem e são alfabetizados:

1.tenha certeza de que é alfabetizado. Se não for use a Tabela com o "E" de Snellen.

2.se idoso pergunte ao acompanhante sobre a memória – nas fases iniciais do Alzheimer os pacientes esquecem as letras e dizem que não estão enxergando.

3.pergunte os medicamentos que está usando tanto por via oral como colírios. Certifique-se de que estes medicamentos não afetem a acuidade visual para perto ou para longe.

4.Verifique se o paciente já tem algum óculos. Pergunte para que estes óculos foram prescritos e se ainda estão ajudando a enxergar, mesmo que pouco. Anote o grau na ficha do paciente.

5.Pergunte ao paciente o que mais o incomoda: visão para longe ou perto. Ele responderá tudo. Explique que na visão subnormal corrigimos uma parte de cada vez começando sempre pelo que incomoda mais – visão para perto ou para longe.

6.Meça a acuidade visual de cada olho isoladamente para longe. Se o paciente já usa óculos faça a medida com e sem os óculos dele para longe. Faça a refração e verifique se os óculos que ele usa ainda estão adequados. Se não estiverem meça a acuidade visual para longe com a refração que você achar mais adequada. Se ele não tiver nenhum óculos faça a esquiascopia e tente medir a acuidade visual. Se ele não souber informar melhora da acuidade faça a este teste com os óculos de prova com a graduação que encontrar.

7.Para medir a acuidade visual para longe: EVITE PROJETOR E SALA ESCURA. ESTA ACUIDADE VISUAL ESTÁ COMPROMETIDA PELO CONTRASTE. Use tabela iluminada mas, antes, verifique o padrão da tabela utilizada.

Se for uma tabela especificada para 6 metros e o paciente não enxergar nem a primeira letra maior posicione-o a 3 metros. Nesta distância o que estiver  descrito na tabela deverá ser duplicado. Assim se a primeira letra estiver cadastrada como 20/200 ela a 3 metros valerá 20/400 e assim sucessivamente. Se com 3 metros o paciente ainda não enxergar posicione-o a 1,5 metros. Nesta distância o que estiver  descrito na tabela deverá ser quadruplicado.  Assim se a primeira letra estiver cadastrada como 20/200 ela a 1,5 metros valerá 20/800 e assim sucessivamente. Se com 1,5 metros o paciente ainda não enxergar posicione-o a 0,75 metros. Nesta distância o que estiver  descrito na tabela deverá ser multiplicado por 8.  Assim se a primeira letra estiver cadastrada como 20/200 ela a 0,75 metros valerá 20/1600 e assim sucessivamente. Se o paciente ainda assim não enxergar a primeira letra verifique se ele é capaz de perceber movimento da mão (MM). Se ele não perceber o movimento da mão projete um foco de luz branca no olho. Se ele perceber a luz branca teste também com luz verde e azul. Se ele perceber todas registre (PL BRANCO, VERDE E AZUL) Se ele perceber somente a branca registre (PL SOMENTE BRANCA). Quando ele somente perceber a luz (branca ou branca + cores) verifique a direção que ele percebe melhor a claridade testando os 9 quadrantes do olhar. Não utilize conta dedos EM NENHUMA HIPOTESE.

8.Agora meça a acuidade visual binocular. Verifique se há melhora. Anote.

9. Meça a acuidade visual de cada olho isoladamente para perto. Se o paciente necessitar correção da presbiopia faça esta medida com os óculos adequados. Prefira a tabela LH Symbols para perto. Aquela cordinha deve ser usada como parâmetro de distância da tabela em relação ao olho do paciente. Evite colocar o dedo na tabela. Nunca coloque a ponta da caneta na tabela. Se o paciente não conseguir enxergar a primeira linha da tabela peça para ele aproximar a tabela do rosto. Se nesta nova distância ele enxergar a letra indicada anote o valor que aparece na tabela completando com a frase (‘APROXIMANDO DO ROSTO’)

10. Agora meça a acuidade visual binocular. Verifique se há melhora. Anote.

Com a nova refração e a acuidade visual corretamente medida você irá classificar o paciente em conformidade com o Código Internacional de Doenças

 

PARA O CID 11 USE O CÓDIGO 9D90 SEGUIDO DAS OPÇÕES ABAIXO

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